De Games a Serviços Públicos: Como o Apagão da AWS Tirou do Ar Fortnite, PSN, Lojas e até Gov.br
Nesta segunda-feira, a instabilidade global da Amazon Web Services (AWS) afetou jogos, dificultou compras digitais, atingiu bancos como Bradesco, Itaú e Nubank e comprometeu até serviços críticos do governo, como o Gov.br.
A AWS (Amazon Web Services) é o braço de computação em nuvem da Amazon, responsável por hospedar e processar dados de boa parte da internet mundial.
É ali que funcionam servidores de jogos, lojas online, apps de bancos, sites de mídia e até redes sociais.
Quando essa estrutura tem uma falha, muito do que você faz no dia-a-dia simplesmente para, mesmo que o problema não seja “no seu aplicativo”.
O que aconteceu hoje (20 de outubro de 2025)
De acordo com o DownDetector e o The Guardian, a região US-EAST-1 da AWS (Virgínia do Norte, EUA) apresentou um erro crítico nos serviços de banco de dados DynamoDB, afetando conexões em cascata no mundo todo. Durante a manhã, milhões de usuários perceberam que apps, jogos e lojas online não carregavam, travavam ou exibiam erro de pagamento.
A própria Amazon confirmou que “identificou uma possível causa-raiz” e que está “trabalhando em múltiplas frentes para acelerar a recuperação” — mas não há previsão oficial de normalização.
A BBC relata que a falha pode durar de algumas horas até mais de um dia.
Serviços e jogos afetados pela queda da AWS
Segundo o levantamento do DownDetector, os principais nomes afetados foram:
🕹️ Games e plataformas
Fortnite, Roblox, PlayStation Network, Rocket League, Pokémon Go, Clash of Clans, Epic Games.
📱 Apps e serviços do dia-a-dia
PicPay, Trello, Mercado Pago, Mercado Livre, iFood, Stone, maquininhas da Rede, sistema da Porto Seguro entre outros.
🏦 Serviços financeiros e bancos
Entre os afetados estão Bradesco, Itaú, Nubank, Mercado Pago e Banco Pan.
🏠 Outros sistemas
Soluções vitais como o PIX e o Gov.br entraram na lista de afetados, com milhões de serviços e acessos apresentando instabilidade.
Em resumo: se você tentou jogar, pagar ou até abrir um app de treino hoje e nada funcionou, era a nuvem.
Como isso impactou o consumidor
Mesmo quem não sabia o que é “AWS” sentiu o efeito na prática:
- Carrinhos travados: lojas hospedadas na AWS não conseguiam processar pagamentos ou concluir pedidos.
- Pagamentos sem confirmação: transações ficaram “em espera”, gerando dúvidas e medo de cobrança dupla.
- Games fora do ar: jogadores de Fortnite, Roblox e PSN ficaram impedidos de entrar ou salvar progresso.
- Apps lentos ou indisponíveis: ferramentas como Canva, Zoom e Slack também falharam, paralisando trabalho e lazer.
- Serviços bancários intermitentes: alguns bancos britânicos relataram dificuldade de acesso, bloqueando temporariamente movimentações e pagamentos.
É o preço da centralização
A AWS é tão grande que serve como o “esqueleto da internet”. Quando uma parte dela falha, milhares de sites e apps param de funcionar em cadeia.
A conveniência de ter tudo conectado em um só sistema vem acompanhada da fragilidade de depender dele. Para o consumidor, isso significa que até a compra mais simples depende de um serviço que você nunca contratou diretamente.
A queda da AWS mostrou de novo o quanto o nosso dia-a-dia digital é conectado, e o quanto uma simples falha de infraestrutura pode afetar milhões de pessoas de uma só vez.
De plataformas de compras a jogos, de bancos a apps de treino, a nuvem da Amazon fez o mundo digital parar por algumas horas, deixando no ar a incerteza sobre próximos apagões.
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